21.janeiro.2015
APROVAÇÃO DAS ALTERAÇÕES E REDUÇÃO DAS CONDICIONANTES DO ALVARÁ EMITIDO EM JULHO 2013
Antes de
mais, uma palavra de agradecimento aos muitos vizinhos, perto de 150,
segundo dados da Câmara, que, fizeram o esforço e
estiveram presentes na reunião de Câmara no dia 15 de
Janeiro. Só desta forma participada, se consegue avançar com um
processo de mais de 30 anos e no qual muitos já não acreditavam que
viesse a ter um desfecho favorável que vai permitir a legalização de
centenas de habitações e todos os lotes de terreno do Pinhal do General.
A reunião
de CM trouxe a aprovação das alterações às condições do alvará, e subsequente
redução das suas condicionantes. Na prática, significa que conseguimos
ultrapassar mais um grande obstáculo, avanços obtidos em pouco mais de dois
anos e meio e que resultam de muito trabalho e da união das pessoas.
Ao longo
deste período, realizamos dezenas de reuniões técnicas na Câmara, junta de
freguesia, organismos externos; 6 assembleias de comproprietários para dar a
conhecer todos os factos e tomarmos em conjunto decisões. A título de
curiosidade, fizéssemos mais assembleias nestes dois anos do que nos
anteriores 17 anos!! e não se julgue que em 17 anos não foram tomadas decisões,
lançadas penalizações sobre os comproprietários, adjudicadas obras sem qualquer
critério conhecido a empresas tal, como a empresa anterior à
nossa entrada. Essa que já tinha prestado serviços à AUGI mas com
outro nome e que ao mudarem
de denominação, desresponsabilizaram-se por todas as
obras (mal) efetuadas.
Submetemos
à CM dezenas de projetos de esgotos, arruamentos, pluviais, mapas de ruídos,
entre outros, pois em 30 anos nunca tinham sido totalmente entregues!
Em 2003,
foi realizado o maior engodo ao processo de reconversão com a submissão de um
plano de pormenor que nunca, repetimos, nunca, foi aprovado por qualquer
entidade, nem mesmo pela CM Seixal, e que iludiu os
comproprietários e trouxe falsas expetativas.
O
plano de pormenor(PP) de 2003, nunca aprovado, e para cúmulo não
teve em conta a realidade existente.
Um dos
pontos mais crítico era o facto de prever todos os passeios com 2 metros de
largura, excepto nas ruas do Cabeço da Rosa e Av. Almirante Reis. Já nessa data,
à custa dos comproprietários, esta solução provocaria o derrube de centenas de
muros, inclusive de construções com projetos aprovados, bem como colocava
constrangimentos vários ao loteamento.
Caso o
PP2003 tivesse sido aprovado, a seguir seria necessário produzir e
aprovar o loteamento, tal como o fizemos.
Nos
trabalhos efetuados para a emissão do alvará em JUL 2013, criamos uma solução
de largura de passeios que protegia as construções existentes, o que finalmente
vimos aprovado na reunião de CM da semana passada. Passamos mais de um ano a
discutir centímetros de passeios poupando-se muito dinheiro e preocupações às
Pessoas.
Hoje,
podemos dizer com segurança que, passamos de centenas de muros que teriam de
ser derrubados para pouco mais de uma dezena, e estes ainda poderão ser salvos
com o regulamento especial que está a ser elaborado pela CM e para o qual nos
dispusemos a colaborar.
A evolução
e qualidade dos trabalhos, reconhecido publicamente por todos os partidos com
assento na CM na reunião, permitiu melhorar soluções, reduzir riscos de
incumprimento, reduzir o valor de caução pela boa execução das obras.
No caso das AUGI, dado que as obras de infra-estruturas tal como em
qualquer loteamento têm que ser caucionadas, facto previsto na Lei das
augi (publicada em 1995), implicaria de acordo com o art.º 29º a
entrega à Câmara duma garantia bancária, seguro, ou outro tipo de
garantia.
O trabalho
realizado permitiu reduzir o valor de caução de 33 para 21,8 milhões, mas há condições
para até a divisão da coisa comum o valor ser ainda mais reduzido.
Esta caução
recairá sobre o os lotes incumpridores (é esta a solução que defendemos na CM),
e na prática não coloca qualquer obstáculo à compra e venda de lotes,
construção ou crédito bancário, mas é uma exigência legal que será
reduzida com a entrega de obras à CM, algo nunca efetuado mas que iremos fazer
nos próximos meses.
Se realizar
um projeto para uma habitação é tarefa complicada, muitas vezes mais é um
loteamento com o histórico que o nosso tem, com 3.302 lotes, perto de 50km de
estradas, com muitas construções legais e outras ilegais, linhas de água, entre
outros, factos que criam condicionantes ao loteamento.
Todos os
alvarás de loteamentos possuem condicionantes o que na prática não inviabilizam
o avanço dos trabalhos, mas a seu tempo têm de ser resolvidas.
O nosso
loteamento não foge à regra, possui vários condicionantes, destacamos: as obras
têm de ser concluídas em 7 anos (há a possibilidade de prorrogação dos prazos);
aprovação final do estudo hidrológico das linhas de água e proteção de cheias
(em aprovação na APA- agência portuguesa ambiente); aquisição de mais de 200
caixotes de lixo e entrega-los à CM; taxa de alvará para os anexos (entramos
com requerimento pois não aceitamos que sejam pagas as áreas dos anexos);
aprovação final do projeto da EDP (em análise por parte da EDP, tivemos que
fazer um projeto para toda a localidade, 2,4 milhões de m2), a caução, a ata da
assembleia de 20 de Dezembro, e o quadro de gestão do loteamento.
A
existência destas condicionantes não impede a realização da divisão da coisa
comum (passagem a m2), e é isso que iremos realizar no dia 21 de Março de 2015.
Contamos
com a sua presença! Não se esqueça, traga mais um comproprietário consigo
também!
António Cardoso
Presidente Comissão Administração
Sem comentários:
Enviar um comentário